quarta-feira, 26 de outubro de 2011

COLUNA DE CARLOS JOSIAS

 UMA HISTÓRIA REAL DE R10 - Howard Hughes A FELICIDADE, A VILA E AS PROSTITUTAS 



  1. UMA HISTÓRIA REAL SOBRE R10.  Era 1998. Saul Berdichewski iria concorrer contra Guerreiro no pleito que elegeria o governo 99/2000. Eu, Saul e Sergio Vasquez rumamos para a casa do, então, rapaz. Morador de Ipanema. Ele era, e a família é, vizinha de minha criação adulta neste bairro encantador da cidade. Chegando lá encontramos o irmão, chegando do aeroporto – desembarcando de viagem – e, logo a seguir a mãe e a irmã. A conversa foi informal, a casa modesta, comparada a que hoje habita o ´entorno` do atleta (?), era moradia confortável e mansão, considerando as origens humildes de toda a família, em especial do pai, empregado do clube durante anos – clube que dera, à família, a casa visitada. A irmã recordou quando encontrou S Vasquez na Suíça, ocasião em que Assis para lá foi ´exportado`, no seu período de Grêmio, e Cacalo, que também foi para lá ajustar o negócio. Assis nunca foi um craque, jogador habilidoso e de grande potencial nunca passou disto e nunca aconteceu, efetivamente – em que pese ter tido um grande (único) ano, 1989. Há quem pense, e ele pensa, que é empresário do futebol. Não, nunca foi. Ele sempre foi – a partir de um período – e ainda é, IRMÃO de R10. Nada mais do que isto. Não fosse R10 ele hoje seria um ex-jogador muito provavelmente de classe média. Se tanto. A conversa sobre a continuação de R10 no clube – Cacalo havia feito a proeza de renovar seu contrato por 3 anos – foi evasiva e escorregadia. Saul queria ser Presidente, achava que poderia ganhar, e queria contar com o jogador. Assis, porta voz da família sabia que seria procurado pela parte adversária da eleição, e jogava com isto. Depois de umas duas horas de conversa saímos de lá. Há poucas quadras dali eu fiquei, aonde morava. Desci do carro e disse a Saul: este menino não vai ficar muito tempo no clube, o seu irmão não quer !  Infelizmente eu estava certo.

1.1.            AQUI NÃO SE VENDEM CRAQUES . Pouco tempo depois da faixa, colocada pelo então Presidente Guerreiro à entrada do Olímpico, seu assessor direto, Jaime Eduardo autografou um livro sobre a nova lei. Me entregou um de presente e me disse: fiz este livro para o caso Ronaldinho que se avizinha. Eu nunca li o livro, sabia que eram favas contadas. Jaime pagou vale. Guerreiro, então, nem se fala. O Grêmio até hoje paga a conta. A família Assis ? Esta não paga as contas ! O débito com o clube depois que ele disse que jogaria de graça no Grêmio, é impagável

2 A VILA E O CARA. Howard Hughes talvez tenha sido um dos homens mais poderosos e ricos do mundo. Certamente a gasolina que ele gastou em seus aviões consumiu umas 5000 vezes a fortuna da família Assis que, comparada a que ele acumulou não lhe serviria de esmola, ou gorjeta ao seu motorista. Morreu infeliz. Tomara que ninguém da família Assis morra infeliz, embora o patriarca tenha partido tragicamente – e certamente não deixou este mundo feliz. O fato, entretanto, é que nem todo o dinheiro que possuem comprará uma simbologia inatingível a eles hoje: a IDOLATRIA. R10, por estupidez, deixou de se tornar um dos maiores ídolos da história do clube, talvez maior que R7. Tivesse inteligência – porque o dinheiro não lhe falta e a diferença seria pouca se aceitasse aqui jogar, quase a gorjeta do motorista – e retornad, poderia ter se transformado no logotipo da ARENA e passado definitivamente para história de um clube conquistado uma legião de torcedores e fincado estátua numa cidade em que nasceu e iria morar até morrer, se quisesse. Preferiu o que preferiu. Preferiu ser odiado, ter contra si a ira impagável de uma paixão arrebatadora, muito superior à 5000 vezes a fortuna de Hughes. No Fla sempre será mais um, lá já tem Zico, para não ir adiante. A vila é o melhor lugar do mundo para se constituir uma comunidade sadia, trabalhadora e honesta. Na acepção da constituição comunitária. O pior de todos os lugares na adjetivação pejorativa. Ambas não se confundem, a vila social e a vila do adjetivo do ditado. Ronaldinho saiu da vila comunitária, parecia que deixaria o adjetivo. Não, este não se arranca de quem nasce para ser pequeno de grandeza interior. Nasceu no berço pejorativo, nele irá morrer. Seu irmão ? Será sempre seu irmão, seu sobrinho será sempre seu sobrinho e ele sempre será ronaldinho, assim, com ´r`. Esta diferença entre os Grandes e os pequenos !  Por isto Pelé é Pelé mesmo que, volta e meia, um sapato na boca, como disse Romário, lhe caia bem !  Não é todo o dia que nasce um Edson Arantes do Nascimento, um Roberto Carlos, mas ronaldinhos nascem como ervas daninhas.


3.O torcedor gremista só tem que entender que o jogo é contra o Flamengo. Não contra esta erva ruim. Ganhando ou perdendo, será o Flamengo. .... ronaldinho ? Bem ele pode fazer um grande jogo – talvez faça – marcar 3 gols – talvez marque ... fazer  psiu para  torcida, talvez faça.... ele passará ... sempre será ronaldinho nada além disto. Nunca será ídolo de ninguém, talvez da tchurma de trago e pagode e das prostitutas que ao longo dos tempos fizeram dele manchete dos cabarés tropicais e europeus !

Saudações tricolores

Carlos Josias 
@cajosias
www.cjosiaseferrer.com.br

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