segunda-feira, 13 de maio de 2013

COLUNA DE CARLOS JOSIAS


ANDERSON, A FERA

 
Antes mesmo de Anderson matar o Náutico nos Aflitos, já se sabia que se estava diante de um jogador diferente. Hoje é muito difícil de se chamar alguém de craque, eis que esta espécie está cada vez mais rara, e muitas e muitas vezes este adjetivo é atirado para alguns medíocres e outros um pouco acima da média, apenas. Aos mais jovens é muito difícil de explicar que futebol jogavam Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe, ou um Garrinha, ou um Nilton Santos, e mais à frente um pouco, Rivelino, Tostão, Gerson, Clodoaldo, Jairzinho, Zico, Johan Cruijff, Ruud Gullit,  Franz Beckenbauer, Karl-Heinz Rummenigge, Maradona,  etc, e por aqui um zagueiro como Airton, um centroavante com a capacidade de Alcindo, ou um articulador como João Severiano, e até mais adiante ainda, um Paulo César Carpegiani. Quem viu esta ´turma` tem, e muita, resistência para apontar para qualquer um e vaticinar  via adjetivo máximo do futebol: é craque. A escassez deles é, talvez, a raiz para a precipitação, confundem-se, muitas vezes, o desejo com o a realidade. 

Pato já foi tido como craque, Nilmar também, entre outros que foram vendidos para a Europa que pouco ou nada revelaram salvo alguns poucos jogos de exceção, outros rasgos de genialidade e minguadas conquistas. Um grande jogador se revela também pela estrela, angariar títulos por onde passa.

E quem viu Anderson nascer pressentia que ele era um dos tidos como ´diferentes` e mais ainda, tinha estrela. Sabia-se que ele sairia daqui e seria bem sucedido, seria reconhecido como tal, ou seja, como um diferente e mais além disto, conquistaria títulos de todos os tipos.

Logo que ele saiu fiz um programa na R Guaíba com conselheiros do Grêmio e Inter e um jovem conselheiro do Inter ( cujo nome não me lembro e recém chegava ao CD do rival ) fez a previsão às avessas: vamos ver daqui há alguns anos onde ele estará. Menos mal que não guardei o nome e nem sei se o reconheceria se o visse ( apenas porque sou um péssimo fisionomista ), porque ele apenas atestou que do ramo, pouco entendia. Normal.

Pois Anderson mesmo que prejudicado por uma perna quebrada, foi o jogador Brasileiro que mais conquistou títulos nos últimos anos, foram 11, em 7, de futebol europeu.

Empilhou prêmios pessoais desde 2005 até hoje, aqui e fora, e entre tantas honrarias próprias começou sendo Melhor jogador da Copa do Mundo Sub-17: 2005 o Melhor jogador do Campeonato Brasileiro Serie - B pelo Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense 2005, foi o Melhor jogador do Campeonato Português no  FC Porto  2006, foi Prêmio Golden Boy: 2008 e foi em frente ...
  
Empilhou títulos e além de conquistar aqui, como todos sabem, o campeonato com a Batalha dos Aflitos ele chegou faturando em Portugal ganhando a Supertaça de 2005-06, a Taça de Portugal  2005-06, Campeonato Português 2005-06 e 2006-07. Não resistiu a oferta Inglesa e parou no PODEROSO Manchester United e foi ganhando a Copa da Liga Inglesa 2009, Campeonato Inglês 2007-08 e 2008-09,   a Liga dos Campeões da UEFA  2007-08,   Mundial de Clubes da FIFA 2008. Pela Seleção Brasileira além  Campeonato Sul-Americano Sub-17 em 2005, a Copa América em 2007, e nas Olimpíadas de 2008 foi Medalha de Bronze

Cidadão do Mundo em 2010 renovou p 4 anos com o grande time Inglês e agora conquistou o campeonato de 2013.

Anderson não é craque, como apregoaram que Pato fosse, como disseram que Nilmar era ou é, como alguns se atrevem a dizer que Damião seja. 

Não, Anderson não é craque. Anderson é apenas diferente: é Fera !
Carlos Josias
@cajosias

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