quarta-feira, 19 de junho de 2013

COLUNA DE CARLOS JOSIAS


                                        A ARENA É NOSSA. ACABOU A RONHA.

Acabou a ronha é um título sugestivo. Certa vez tive um atrito sério com um repórter da mídia pequena que de tanto o cara pegar no pé provocando com intenção óbvia - conheço a aldeia - que eu lhe desse audiência indo ao programa ( e eu não ia ... e não fui ) usei um espaço que conquistei para lhe dizer tudo o que dele pensava ... e mais um pouco...e olha que não disse tudo... e não tenho haquer. Briga daqui e dali, sem alternativas, ele bradou no seu bloguinho = acabou a ronha. Não tinha acabado para o ressentido, dois meses depois contratou um velho e freguês desafeto para me processar. Rumo certo, deu com os burros na água, o velho cliente de caderno submergiu. A ronha acabou no nada que ele pensava e apostava que podia ser tudo. Ao invés de ´me tomar algum`, como espalhou aos ´chegados`, recolheu o time e passou por um período a reclamar da Justiça...até se conformar. Tirou de campo a esquadra. Pensou, equivocadamente, que levar adiante poderia assustar. Anram, sim. As coisas não são como as que se resolvem aos berros em debates radiofônicos, ou como se supõe ser em mesas de bar - nada a ver com o belo programa com este título. Às ´brincas` uma coisa é uma coisa, a sério a coisa aperta, e é outra coisa. Ai é sério. Vence quem pode, chora que acha que a vida é um moranguinho. A propósito o tal litigante é um moranguinho. Lá pelas tantas o pretensioso advogado em plena audiência arrogou: doarei meus honorários a uma instituição de caridade ... pobre entidade, se dependesse dele...fechava as portas.


Mas o Grêmio não fecha suas portas nunca, depois da ISL nunca mais quebra.


Mas o que quero dizer é que ronhas quando se pensa que podem estar acabadas, renascem. Em regra.
No caso ARENA, contudo, não me parece,  que se repetirá a sina - é a exceção, assim torcemos. Ao que tudo indica a ronha realmente acabou ou, se não acabou, tem destino evidente. E talvez até melhore. A nosso favor.
Koff, autor da frase que a tantos melindrou, com a habilidade de um felino vencedor alcançou o objetivo. A OAS repensou tudo, a torcida que se criou em seu entorno também recuou e tudo ficou tricolor - soterraram-se os adoradores do contrato.

É preciso, entretanto, e a estas alturas, refletir sobre tudo.

Houve uma reunião no CD onde o bate boca, ao bom estilo lavanderia de beira de rio, se encarregou de lavar a roupa suja. Suspense, três ou quatro dias de falsa expectativa - o desfecho era previsível - e deu unanimidade. O gritedo foi mera estratégia, ao bom e velho modo consultivo - por supuesto, ainda que com grupos liberando componentes, uma presença insignificante, diante da importância da matéria, revelou o que já se sabia. Aprovação.
Este CD que prometia em bandeira eleitoral seria diferente na assiduidade, é tão ou mais omisso que o anterior. Esta correção o tempo, espero, fará. As eleições se repetem em espaços de tempo que voa, e aos poucos o associado irá aprender a não cair mais no conto da campanha. Demora, o clube levou anos para perseguir uma maturidade. Ainda persegue a adultice política. Faz parte. Na verdade neste caso específico acho que se tratou de mero encolhimento para não ter que mostrarem presença com aquilo que já haviam - na maioria - entendido que estava reposto no trilho da correção dos erros cometidos. Faltou humildade para engolirem o sapo do erro. Mas isto também não surpreende, nem é privilégio de hoje, dos novatos, porque os velhos cometiam este mesmo pecado em passados anos desta nossa vida centenária.

Mas o importante de tudo isto, e que precisa ficar bem claro, é que no fim venceu o Grêmio.

Em que pese as desavenças, divergências, e imensos lapsos que atrasam a grandeza de um clube que se projeta ainda maior no futuro por suas glórias passadas - o G é de 1903 e não nasceu ontem, como muitos acharam -  no fim todos tem sua importante contribuição.

Querendo ou não, gostando ou não, com conflitos e interesses de toda a ordem, Odone e EKA foram definitivamente decisivos para a primeira e segunda reunião. Deram suas contribuições, e a elas o clube tem de ser grato. Não se chegaria a este acordo se eles não tivessem passado pelo que houve.
É que às vezes é necessário sim, um toque de magia, para usar a chave de ouro, e esta tinha que estar na mão de um vencedor nato e artista da articulação: Koff.

Koff foi decisivo, mas não menos importante que os demais, não mais que Odone, EKA, Preis, Evandro, Saul e esta impressionante torcida que derruba gradis.

Todos são Gremistas. Como nós. Com todos nossos defeitos, com todas nossas vicissitudes.

Muito ouvimos do lado de lá que a ARENA era ´virtual`... pois ela ficou pronta muito antes do Morangotango, ainda que algumas penas tivessem que ser pagas: o pioneirismo tem seus ônus: nós construímos, eles remendaram. Pagamos pelo pioneirismo. E vencemos.

Obrigado, devemos dizer, a todos eles, e a nós mesmos. Hora de esquecer as rusgas, encerrar este capítulo e nos voltarmos exclusivamente ao FUTEBOL.

A ARENA é uma conquista de todos nós.

E é nossa !

abs


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