sábado, 13 de abril de 2013

COLUNA DE CARLOS JOSIAS


O MÉDICO, O MONSTRO,  MEUS JOELHOS, O GRÊMIO E O JACARÉ



Me deparo perplexo com declaração do médico que tratou o atleta Barcos.

Segundo ele a dor que o jogador sente é forte, mas tal qual uma pérola de anedota completa: não interfere no rendimento.

Não interfere ?

“A dor é forte mas não se deve supervalorizá-la não interfere no rendimento...”

Li mesmo isso ? Deus me livre deste médico.

A dor é subjetiva, logo um pode sentir mais ou menos do que o outro. Fato. No caso o médico reconhece: é forte.

Então, em sendo forte, Barcos pode sentir tanto ou mais que outro, menos não, o médico reconheceu que é forte.

Então se é forte como não interfere no rendimento ? Me desenha esta Van Gogh, tu que arrancou uma orelha e mesmo com dor pintou um quadro ... ah tá aí a explicação.

Péra ai pintor, um quadro pode levar anos para ser pintado, o jogador tem que correr - com dor - 90 minutos ou mais.

Não li e nem vou ler o código de ética médica por causa disto, é dispensável, mas não preciso ler para saber que a ´intimidade` de um paciente não se revela.

Não é, digamos, de bom alvitre, para não se dizer que não ético. Mas no futebol não existe ética. Na medicina deve existir, penso ... logo existo.

Mesmo com este absurdo desconto ainda assim existe hierarquia. A função do médico no ramo no mínimo repassar aos dirigentes e este que filtrem, se assim o desejarem, e repassem o que for conveniente, ou o que quisrem. Nunca gostei de médicos dando diagnósticos publicamente de paciente específico, mas ... ah o futebol permite.

Mas ainda que haja esta estranha ´permissão` há que se presumir inteligência que, no caso, não houve. Na espécie a revelação final foi inadequada, imprópria mas o pior nem é isto, o pior é a contradição. Como uma dor pode ser forte e não interferir no rendimento ?

Ah, saquei, não interfere no rendimento do médico...claro...ele não está sentindo a dor.

Nesta 4a feira completaram-se 28 dias que mal caminho por problemas nos joelhos ...sim no plural, nos dois mesmo, e só tenho estes .... Mas claro isto não interfere no meu rendimento como advogado, haja vista que não trabalho com as pernas .. Não interfere um cacete, estou de molho há mais de um mês e me socorro de um computador ligado ao escritório para poder contribuir com a equipe, o ideal, contudo e à evidência, era estar lá, sentindo a pulsação física e metafísica de tudo. As dores trazem inúmeros aborrecimentos, físicos e psicológicos e por óbvio interferem no rendimento, salvo no insensível, para não dizer insano, raciocínio de um alienígena bocudo !

Despreparo, principalmente numa função que está ligada ao predador mundo do futebol.

O doutor deveria saber - despreparo 1 - que qualquer declaração no meio futebolistico tem imensa repercussão e é uma incógnita, sempre, para que lado ela irá tender: aqui o despreparo é do ramo futebol. O doutor deveria saber que - despreparo 2 - na profissão dele estas públicas manifestações dirigidas a um paciente tem lá suas ´sequelas`, às vezes de dificil reparação.

Quem leu a manchete estampada ( NÃO INTERFERE NO RENDIMENTO ) poderia perfeitamente entender que o atleta estaria de ... vamos chamar = mimimi.... terminho medíocre da moda. Migué, no jargão futebolístico.

A contradição, notória, entretanto, absolve Barcos e condena o delator.

O Grêmio parecem com meus joelhos nesta fase de tratamento = quando eu penso que vão ficar bons ... pioram !

Ah Jacaré, esta tua boca ainda vai te custar a entrada no reino dos céus.

@cajosias

face

C JOSIAS MENNA OLIVEIRA

2 comentários:

  1. Caro amigo buenas tardes!
    Como vai mestre?
    Sobre a lesão sofrida pelo Barcos posso dar
    palpite.
    No ano passado cheguei a final do
    campeonato brasileiro da Muay Thai,
    categoria 65 quilos, levei o título pra ksa,
    mas no 5° e último round, tomei uma
    canelada nas costelas, no instante, no calor
    da luta, não havia dor.
    Ao final da luta, já nos vestiários, eu não
    conseguia me movimentar sem que uma
    dor insuportável nas costelas se manifesta-
    se.
    Fiz vários exames, raios e nada era
    encontrado e nem foi.
    O diagnóstico?
    Eu havia me lesionado, não se tratava de
    uma lesão grave, as costelas não se
    trincaram e muito menos faturaram, mas a
    carne que envolve as costelas havia se
    machucado internamente na pancada.
    Eu fiquei 3 meses tomando anti-
    inflamatorio, não conseguia fazer
    momentos bruscos, pois a dor era
    insuportável, para me virar na cama, no
    cotidiano e dirigir era um terror, me
    mivimentava como um robô.
    Eu imagino o que o Barcos esta passando e
    sei que não és nada fácil, a dor és intensa
    e constante.
    Não dá pra jogar bola com tal dor, não dá.
    O que eu não entendo és o porque o MM9
    reserva natural do barcos não pôde atuar
    no lugar dele nestes jogos.
    Só pode atuar quem és bruxo do Profexo?

    ResponderExcluir
  2. Médico burro e boca grande

    ResponderExcluir