O atacante Cassiano, 23 anos, é mais uma revelação proveniente das categorias de base do Internacional. Contratado em agosto junto ao São José-POA para ser inicialmente aproveitado no time Sub-23, o jogador acabou sendo absorvido pelo grupo profissional. Com as constantes convocações de Leandro Damião e Diego Forlán para as seleções do Brasil e Uruguai, Cassiano virou uma boa alternativa para suprir as ausências no ataque colorado.
Vestindo
a camisa 34, fez a sua estreia na equipe principal um mês depois de
chegar ao Clube, no empate em 1 a 1 com o São Paulo, no Morumbi, pela
22ª rodada do Brasileirão. Cassiano não sentiu o peso da
responsabilidade de atuar ao lado de jogadores já consagrados e mais
experientes. Com personalidade de sobra, ganhou sequência entre os
titulares e se destacou com boa movimentação ofensiva e velozes
arrancadas, principalmente pelos lados do campo, onde costuma dar
trabalho aos marcadores. Marcou três gols – um contra o Santos no empate
em 1 a 1 na Vila Belmiro, outro no empate em 2 a 2 contra o Sport, em
casa, e mais um na vitória de 3 a 0 sobre o Atlético-MG, no Beira-Rio – e
garantiu seu lugar no grupo para a próxima temporada, tanto que o Inter
optou pela renovação do seu contrato por mais cinco anos.
Confira abaixo uma entrevista com o jovem atacante:
Você já havia passado pelo Inter anos antes e agora voltou para conquistar o seu espaço. Como foi isso?
Vim
em 2010, no segundo semestre, para disputar a Copa FGF e o Brasileirão
Sub-23, mas acabei jogando apenas uma partida. Como estava emprestado,
acabei voltando para o São José-POA. Rodei pelo interior do Estado e
também fui para o Exterior. No primeiro semestre deste ano fui campeão
da Segundona pelo Esportivo e fui novamente contratado pelo Inter.
Cheguei no time Sub-23, fiz três jogos e fui chamado para o
profissional. Tudo acabou acontecendo muito rápido, antes do esperado
por mim. Foi ótimo. Agradeço a todos que me deram oportunidade e
apostaram em mim. Estou muito feliz por poder permanecer no Clube.
Quais são as suas principais qualidades?
A
velocidade e o bom cruzamento. Também procuro dar assistências sempre
que possível. Estou aprimorando a minha presença na área, pois como sou
um atacante que atua mais pelos lados, acabava não indo muito para a
área. Mas tenho treinado para aperfeiçoar esta parte, para me posicionar
melhor na área adversária.
Você tem algum jogador que sirva de referência na sua carreira? Um ídolo?
Gosto
muito do Thierry Henry (jogador francês que atualmente defende o New
York Red Bulls-EUA). Sempre gostei muito do futebol diferenciado dele.
Tento me espelhar neste estilo de jogo.
A concorrência no ataque é forte, vide-se Damião, Forlán, Dagoberto e Rafael Moura, mas é possível almejar a titularidade?
Com
certeza. Luto por isso o tempo todo. Em qualquer clube grande, como o
Inter, tem jogadores de nome, de nível de seleção. Tenho consciência de
que vou ter que trabalhar muito, sempre um pouco mais, para encontrar o
meu espaço.
Você recebeu conselhos dos jogadores com maior bagagem durante o período de adaptação no grupo profissional?
Converso
bastante até hoje com o Rafael Moura e o Damião, principalmente quando
estamos treinando finalizações. Eles me ajudam bastante, com dicas para
melhorar meu desempenho. Temos um grupo muito qualificado, e isso me
ajudou bastante na adaptação.
Matéria publicada na edição Nº 110 do Jornal do Inter
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