HISTÓRIAS E ELEIÇÕES NO GRÊMIO - BASTIDORES - PARTE 4 -
A ELEIÇÃO DO CENTENÁRIO
Talvez a mais simples de ser contada e a mais conhecida, se bem
que com extrema frequência me deparo, aqui e ali, com uma que outra distorção e
uma que outra alteração, âs vezes conveniente para quem conta.
Obino tinha criado Guerrero, como já se viu, mirando o
centenário, ou seja, na ocasião opotuna a retribuição viria e Flávio comandaria
o clube do grande ano de sua vida ( diria da vida de ambos ....sob a imaginação
do criador ). Guerrero, contudo, passou de criado a comandante e estava com o CD
recheado de homens de sua confiança, tinha crescido, não seria facilmente
domado. E não foi. Mas o Grêmio vivia sob a batuta do Conselho Consultivo, era
ele quem mandava e desmandava, ele decidia todos os desígnios do clube quando
reunido e saia do seu shofar a ordem indiscutível. Na ocasião
havia forte resistência oposicionista a Guerrero cujas contas do ano 2000, em
que pese tivessem passado, tiveram, pela primeira vez na história do clube, uma
desconfiança tão grande, tão estridente, que 60 conselheiros se levantaram e
saíram porta fora em meio à reunião no dia em que restaram aprovadas. Já pairava
um déficit violento e se avizinhava anos de vacas magras diante tantos
insucessos financeiros e especulações de todas as espécies - o fenômeno ISL
apontaria isto logo adiante. Havia uma disposição mais espalhada para que
Gurerrero não seguisse seu visível intuito de continuar no cargo, apesar de ter
ao seu lado uma base aliada em grande quantidade. Às vésperas do pleito
encontrei o Presidente Irany Santana na esquina da Travessa Fco. Leonardo Truda
com a Siqueira de Campos. Homem paciente, gentil, sério, íntegro e de um
Gremismo intocável. Indaguei, curioso, sobre a situação e imediatamente
´pesquei` que ele era o grande coordenador da derrubada de Guerrero. Não nutria
lá grandes simpatias por apoio a alguém especificamente, não demonstrou isto ao
menos, mas tinha uma certeza e um papel a cumprir. Guerrero não ! Veio o dia. O
CD se reuniu. Sabíamos, todos, que sairia o Presidente da reunião. Havia uma
expectativa porque sempre teria possibilidade da surpresa, Guerrero renovando.
Não houve. O que aconteceu lá dentro bate com todas as versões que colhi da
grande maioria dos presentes e já no dia seguinte. Hélio Dourado fez uma
objeção, uma ponderação: sustentou que Flávio Obino seria muito mais útil como
legislador do que como executivo. Mas mesmo ele, Dourado, restou ´rendido` e
acompanhou o voto dos demais. Paulo Odone chegou atrasado na reunião. Como
acontecia, invariavelmente, naqueles tempos em que ele estava longe das coisas
do clube e integralmente ocupado com a política partidária. Mas foi ele quem
discursou. Um discurso eloquente, como costuma fazer, apaixonado, como de
hábito, fluente e impressionante, como sempre cultivou. E por fim chorou
copiosamente, derramou lágrimas, como em muitas e muitas vezes.
Estava eleito o homem que comandaria o centenário da nossa
maior paixão.
face
C JOSIAS MENNA OLIVEIRA
101 conselheiros votaram no arquivamento do processo contra Guerreiro. Que argumento teria, alguém que ama o nosso tricolor, para justificar tal voto?? Tu jà ouviu os argumentos de alguns desses conselheiros Josias??
ResponderExcluirExcelente blog, muito bom ficar conhecendo historias do nosso tricolor através de alguém que presenciou estes momentos.
Pra NUNCA MAIS esquecer: a lista dos conselheiros do arquivamento do Caso Guerreiro http://gremio100mil.blogspot.com.br/2011/09/lista-dos-conselheiros-do-arquivamento.html …
ResponderExcluirOnde estava Koff?
ResponderExcluirEvandro, onde estava Odone ?
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