COLUNA DE CARLOS JOSIAS

A PROVA DOS NOVE E A RASTEIRA. CAPOEIRA OLÍMPICA DIANTE DE UMA MÍDIA ENCANTADA. IR AO RJ NÃO É PROVINCIANO !

1. A PROVA DOS NOVE.
 

O Grêmio - em relação a si - avançou e bem, alcançou 9 pontos em 9 disputados, não me lembro - e olha que tenho boa memória - qual foi a última vez que faturamos esta marca em campeonato brasileiro. Principalmente considerando dois jogos fora dos três, ainda mais passando pelo Mineirão - eterna toca o local e o adversário - e no Engenhão acho que nunca havíamos ganho por lá. Sem dúvida não há como esconder que Luxa tem feito um bom trabalho. Se o time tem sido ciclotímico, e é verdade, não menos real que se mantém menos irregular recentemente do que tem sido ao longo de muito tempo em competições deste porte e com vitórias sobre times expressivos. Ninguém, neste início de competição, ao menos, tem sido muito melhor do que os demais e a tabela talvez não revele tanto isto, especialmente se conisderarmos que o líder é um time de refugos e faz mais de 40 anos, como clube, que nenhuma taça levanta, e continuará sob desconfiança até o final, tanto quanto Roth estará sempre sob suspeita. Aliás, por falar nele, o velho cavalo paraguaio continua o mesmo, engana na saída e tropeça durante ... tá lá o corpo estendido no chão. Inegável, o Grêmio cresce. O jogo contra o Flu não será um divisor, mas poderá ensejar, com certeza, uma afirmação. Se isto acontecer - e não é nada demasiado se pensar em passar pelo tricolor carioca, se encaixa e vai seguir aprontando. E se não for exitoso, claro sempre dependendo de como será o desempenho no jogo, ainda e mesmo assim, nos coloca em esperança. O Grêmio dos últimos jogos inspira confiança, em que pese nossos olhares sempre cautelosos. Falta zaga, penso, mas já temos um desenho de time mais do que mediano como vínhamos tendo há tempos. O horizonte não está em decomposição.

2. A RASTEIRA.

Fernandão perdeu a grande chance de se mostrar efetivamente decisivo contra o Barcelona e oportunizou que um obscuro Gabirú fosse o grande ídolo da conquista - ainda não encontraram um Renato para desfilar soberbo num grande feito. Uns dizem que deu ´migué`, outros que deu azar, por uma ou por outra, não foi ele o ´cara` da hora naquele fez. O da ´hora` levou o Nilmar para um mundo oriental. Vá com deus garoto. Mas o que não se sabia era que ele conhecia artes marciais. Capoeira é uma luta que poucos dominam. Eurico, que fez fama num Palmeiras estupendo na década de 70, veio para o pampa e se consagrou como o único jogador que aplicava o ´carrinho` limpo e eficaz...sem falta. Capoeira, carrinho, e rasteira, em outros esportes, se conhecia. No futebol, e fora do campo, Fernandão pode ser chamado - ainda haveria tempo ? - para as Olímpiadas. Foi injusta a sua não convocação pelo nosso comitê. Dorival caiu sentado, derrubado pelo diretor que assistia todas suas palestras e silenciosamente o observava, e o demitiu. E assumiu - claro com salário maior do que a função que exercia, por supuesto. No meu tempo esta prática se chamava traíragem. Mas os tempos são outros, o meu já passou. Alguém recordou que se P Pelaipe demtisse Luxa e fosse treinar seria um escândalo. A mídia assistiu este ´passar de pernas` complacente e até certo ponto ´encantada`. Afinal o moço tem talento, sim, e como !

Olímpico lotado...normal nós sempre fizemos a nossa parte. Odone pode voltar a falar. Bem, viajar ao RJ viajou, mas eu sempre disse que ao RJ ele iria, afinal ir ao cartão postal do país não é provinciano....

@cajosias

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C JOSIAS MENNA OLIEIRA