A segunda rodada do Brasileirão impõe um complicado desafio para o Inter: enfrentar o Flamengo diante da sua torcida, no Rio de Janeiro. No entanto, não é pelo fato de atuar longe do Beira-Rio que o time colorado deveria mudar o seu padrão tático, que prima pela manutenção da posse de bola e constante troca de passes. Pelo menos esse é o pensamento do lateral Nei, que quer ver o Campeão de Tudo impondo o seu estilo de jogo no Engenhão.
"É sempre difícil jogar no Rio. Isso ninguém tem dúvida. O Flamengo tem um padrão de jogo parecido com o nosso, de ficar com a bola o maior tempo possível. Por isso não podemos mudar a nossa maneira de jogar. Não importa se o jogo é em casa ou fora. Precisamos manter a nossa forma de jogar, tocando bastante a bola e esperando o momento certo de atacar. Temos jogadores que finalizam bem e deixam os companheiros em boas condições de decidir na frente. É jogando o nosso futebol que veremos quem é melhor", avalia o camisa 4.
Além de incentivar que a personalidade do bicampeão gaúcho prepondere na capital carioca, Nei também pede cuidado especial com os meias do Flamengo. "Já joguei com o Kléberson e marquei o Ronaldinho Gaúcho três ou quatro vezes. Se ele tiver espaço e conseguir levantar a cabeça, vai colocar alguém na cara do gol. Tem que ter cuidado no geral com o time deles", alerta.
Às vésperas do confronto, o lateral procura intensificar os treinos de bola parada. Após o coletivo desta quarta-feira, ele permaneceu no gramado cobrando uma série de faltas, afinal, essa é uma poderosa arma na busca pela segunda vitória consecutiva no campeonato nacional. "Me cobro bastante nos treinos. Às vezes o pessoal até pede para eu ir com calma, mas quero melhorar cada vez mais. Hoje (quarta) falei para o Lucas (auxiliar técnico) que iria treinar bastante, porque acredito que vai acabar sobrando alguma coisa no sábado. É numa falta que o jogo poderá ser decidido", observa.
Ao ser indagado sobre como o Inter irá lidar com os diversos desfalques no Rio, Nei mostra confiança na força do grupo. "Queremos ser campeões. Está na hora de provar mais uma vez o valor do nosso grupo. Tendo vontade de ganhar, já é 80% do caminho. E todo mundo está com essa vontade", garante o jogador, que já imagina como irá fazer para se adaptar ao estilo de jogo do atacante Gilberto, que deve ser o substituto de Leandro Damião:
"Com o Damião e o próprio Dagoberto eu já estou acostumado. O Dami joga mais centralizado na área. De 10 divididas com o adversário, ele ganha 11, então sempre pego a bola e já toco para ele. Agora com o Gilberto, que é um atacante de movimentação, que sai mais da área, vou segurar um pouco a bola e esperar pelo posicionamento dele", projeta.
Fonte: http://www.internacional.com.br/pagina.php?modulo=2&setor=18&codigo=17690
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